quarta-feira, 21 de março de 2012

Estreia 2012

Conhecendo e Imitando Dom Bosco, façamos dos jovens a missão da nossa vida.
P. Pasqual Cháves V.
                                                        

                                           “E a nossa música continua”



“Imaginem o pátio da prisão de uma colônia europeia do século XVII. É o amanhecer e, enquanto o sol começa a encher de cores douradas o céu do oriente, um prisioneiro é trazido para fora, no pátio, para a execução capital. Trata-se de um padre condenado à morte por se ter oposto às crueldades com que eram tratados os índios da colônia. Agora está de pé de costas contra o muro e contempla os que compõem o pelotão de execução, seus compatriotas.

Antes de vendar-lhe os olhos, o oficial que comanda o pelotão lhe faz a tradicional pergunta a respeito do seu último desejo a ser cumprido. A resposta chega como uma surpresa para todos: o homem pede para tocar pela última vez a sua flauta. Os soldados, então, recebem ordem de ficar em posição de descanso, enquanto esperam que o prisioneiro toque a sua flauta. Quando as notas começam a ferir o ar silencioso da manhã, o ambiente da prisão é inundado por uma música que se difunde doce e encantadora, enchendo de paz aquele lugar marcado diariamente pela violência e pela tristeza. O oficial está preocupado porque, quanto mais se prolonga a música, tanto mais absurda lhe parece a tarefa que deve desempenhar. Por isso, ordena aos soldados que abram fogo. O padre morre no mesmo instante, mas, para estupor de todos os presentes, apesar da morte, a música continua a sua dança da vida. Donde provém aquela doce música da vida?

Numa sociedade totalmente empenhada em sufocar a mensagem de Cristo, penso que a nossa vocação seja a de estarmos entre aqueles que continuam a fazer ouvir a música da vida. Num mundo que está fazendo de tudo para que os jovens não escutem o insistente convite de Cristo “vinde e vede”, é nosso privilégio sermos atraídos por Dom Bosco e encorajados a tocar a música do coração, a testemunhar a transcendência, a exercer a paternidade espiritual, a estimular os jovens a caminharem numa direção que corresponde à sua dignidade e aos seus desejos mais autênticos. Esta é a dança do Espírito! Esta é a música de Deus!”

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